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Cruzamento facilita adaptação de caprinos para produção de carne ou leite

publicada em 19-10-2009

Fonte: Nordeste Rural

 

A produção de caprinos em regiões semi-aridas está entre as melhores alternativas para a agricultura familiar no sertão nordestino, uma vez que a região apresenta o correspondente a 93% dos rebanhos caprinos no país, cerca de 8,8 milhões de cabeças. Para melhorar o desempenho produtivo dos rebanhos, os pesquisadores destacam que os animais Sem Raça Definida (SRD), são os que apresentam melhor qualificação para os cruzamentos com raças importadas de linhagem mais pura.

 

Dessa forma os produtores conseguem animais com mais rusticidade e adaptabilidade.  O pesquisador da Embrapa Caprinos, Raimundo Nonato Lobo, explica  que o rebanho nativo ou SRD pode ser usado em cruzamentos porque as cabras mestiças podem gerar bons animais para a produção de carne ou leite.   

 

Para a produção de carne, por exemplo, o criador pode cruzar fêmeas SRD com machos de raças de origem européia ou africana e obter um animal mestiço mais vigoroso, com maior produtividade e qualidade de carne. Esse tipo de cruzamento tem por finalidade a produção industrial, ou seja, os animais não podem ser usados como reprodutores, somente para o abate.

 

Já o cruzamento de caprinos para a produção de leite exige mais cuidados por parte do produtor. Primeiro, o produtor deve escolher fêmeas nativas ou SRD que tenham uma produção razoável de leite. Depois, ele deve acasalar essas fêmeas com reprodutores, por exemplo, das raças Saanen, Pardo Alpina, Toggemburg e Anglo-nubiana, linhagem leiteira. Os animais meio sangue, nascidos desses cruzamentos possuem maior especialidade produtiva, ainda com certa rusticidade e adaptabilidade ao meio ambiente hostil do semiarido nordestino.


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