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Dupla bem afinada

publicada em 12-01-2010

São Paulo - A queda dos preços do arroz e do feijão puxou a redução no custo da cesta básica em 2009. Nas 17 capitais pelo Dieese, os dois produtos, além da redução no preço da carne, em 16, e do tomate, em 14, reduziram o valor dos itens de alimentação básica em 16 cidades. A exceção foi Belém, onde a cesta ficou mais cara (2,65%). Os preços caíram mais em João Pessoa (-14,92%), Natal (-12,57%) e Aracaju (-12,47%) e a menor, em Vitória (3,71%). Segundo a pesquisa, as quedas mais expressivas do preço do arroz ocorreram em Aracaju (-30,14%), Belém (-22,30%) e Vitória (-4,71%).

No caso do feijão, o declínio variou entre -50,48%, em Goiânia, e -26,69%, em Natal. O tomate caiu mais de 10% na maioria das capitais onde houve queda. Os números mais significativas foram os de João Pessoa (-54,84), Natal (-52,42%) e Recife (-47,96%). Já a carne, item de maior peso na cesta, aumentou somente em João Pessoa (4,57%). As reduções mais significativas de preços da carne foram Florianópolis (-15,92%), Goiânia (-12,98%), Riode Janeiro (-1,49%) e Vitória (-10,48%).

O levantamento distribuído ontem pelo Dieese mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.995,91 em dezembro de 2009 para suprir suas necessidades básicas e da família. Com base no maior valor apurado para a cesta em dezembro - de R$ 237,58, em Porto Alegre - e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,29 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 465.

Em novembro de 2009, o salário mínimo necessário era bem maior, equivalendo a R$ 2.139,06, ou seja, 4,60 vezes o mínimo vigente. Em dezembro de 2008, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.141,08, o que representava 5,16 vezes o mínimo daquele período, de R$ 415,00.

Fonte: Diario de Pernambuco

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