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Com menos etanol, preço maior

publicada em 12-01-2010

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A partir de 1º de fevereiro, a mistura do álcool na gasolina cairá de 25% para 20%, anunciou ontem o governo, tentando conter a elevação dos preços do etanol e assegurar a oferta do produto. Em compensação, é bom se preparar para a valores mais altos do derivado de petróleo nas bombas.

A medida, anunciada ontem, tem validade por 90 dias, até maio. O objetivo do governo é aumentar a oferta de etanol no mercado e frear a constante alta do preço do derivado de cana-de-açúcar. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro), Adão Oliveira, avisa que os preços da gasolina sobem automaticamente no momento em que se reduz o percentual de álcool na mistura. Isso porque o etanol, mesmo caro, ainda é mais barato do que a gasolina. Me! smo assim, Oliveira não arriscou uma previsão sobre o impacto nos preços do derivado de petróleo.

Outra intenção do governo seria afastar o risco de um eventual desabastecimento de etanol no mercado de combustíveis, negado por líderes do setor. Conforme o presidente do Sulpetro, alguns revendedores gaúchos já estavam recebendo gasolina com atraso, já que distribuidoras não teriam álcool anidro suficiente para completar a mistura e vender ao posto. Com a medida do governo, avalia, o fornecimento deve voltar ao normal.

Anunciada no final da tarde de ontem, a decisão será implementada por meio de uma portaria dos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia, da Fazenda e do Desenvolvimento. Segundo o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, a medida aumentaria os estoques de álcool em 100 milhões de litros por mês, ou 7% do consumo atual em carros flex. Inicialmente, Stephanes era contrário à decisão de reduzir a mistura, mas acabou sendo convencido pela área ene! rgética do governo. Com a redução da mistura, injeta-se mais etanol no mercado, o que em tese tenderia a fazer o preço do álcool hidratado, usado nos carros flex, baixar (veja a diferença no quadro ao lado).

Técnicos do governo admitem risco de alta

Técnicos do governo, que preferem não se identificar, calculam que, se nenhuma medida for tomada, o preço da gasolina na bomba poderá subir de 2% a 2,5% com a menor mistura de álcool anidro. Além de ser mais barato do que a gasolina, apesar de estar em alta, as distribuidoras terão de comprar mais gasolina do que antes, e o custo total tenderia a subir.

Essas empresas compram a gasolina de refinarias da Petrobras e o etanol das usinas de cana. Depois, fazem a mistura e revendem aos postos.

Segundo uma fonte governamental, o Executivo já estuda saídas para evitar que uma medida tomada para inibir o aumento do preço do etanol acabe aumentando o preço da gasolina. A última redução da mistura ocorreu a partir de 1º de março de 2006, quando também caiu de 25% para 20%. Em novembro do mesmo ano, houve aumento de 20% para 23% e, em julho de 2007, voltou a 25%.

– O consumidor precisa se acostumar com o álcool como um combustível sazonal. Entre dezembro e março, é entressafra, e o preço sobe – avaliou Alísio Vaz, vice-presidente-executivo do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom).

Na avaliação do executivo, mesmo com a redução na mistura, o preço do álcool continuará subindo nos postos, apenas em um ritmo menor. Vaz disse não projetar risco de escassez:

– Como o preço é liberado, o consumidor para de comprar se estiver caro. O produto continua à venda. Poderia haver escassez se houvesse um preço fixado.

Fonte: Zero Hora - RS


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