Nova lei de Ater é discutida no segundo dia do III Seminário de Extensão Rural promovido pelo IPA
publicada em
03-02-2010
A regulamentação da lei que determina as novas diretrizes da política nacional de assistência técnica e extensão rural (Pnater), a sustentabilidade e as questões relacionadas à preservação ambiental no campo dominaram os debates no segundo dia do III Seminário de Extensão Rural, promovido pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em parceria com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). De acordo com os profissionais do setor, é preciso criar condições que validem os novos rumos da assistência técnica e da extensão rural no país, garantindo, sobretudo, o acesso dos agricultores familiares a técnicas mais modernas de produção. A continuidade dos projetos em execução e a necessidade de estabelecer condições para a criação de parcerias entre as empresas públicas de Ater e os movimentos rurais sindicatos e associações também foram colocadas como questões prioritárias para o sucesso da nova Pnater, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o diretor de Extensão Rural do IPA, Ruy Carlos do Rêgo Barros, destacou que os profissionais do segmento vivem um momento histórico, uma vez que a Lei 12.188 é o primeiro passo para a sustentabilidade dos agricultores familiares no meio rural. “A Pnater, no entanto, não é tudo, sendo preciso que se dê atenção redobrada aos novos rumos do sistema produtivo das pequenas propriedades rurais no país e, particularmente, no Nordeste”, afirmou. O diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Pernambuco (Fetape)’, Adelson Freitas de Araújo, disse que a agropecuária de base familiar ganhou uma atenção especial do governo brasileiro nos últimos sete anos e que agora é preciso manter a autonomia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que foi o responsável pelas bases do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no país. Segundo ele, para que seja possível assegurar os progressos já alcançados a sociedade civil deve manter os sistemas de parcerias já implementados, assim como estabelecer novos programas que permitam ao homem do campo avançar em pontos importantes como a agroecologia e a segurança alimentar no meio rural. O presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito, afirmou que o instituto está em sintonia com os anseios dos agricultores de base familiar no estado, sendo uma referência nos segmentos de extensão rural, pesquisas e recursos hídricos para o resto do país. Ele pontuou ainda que a sustentabilidade e a agroecologia são mecanismos dinâmicos e que devem ajudar no estabelecimento de um sistema moderno de uso e exploração dos recursos naturais, sem que haja o comprometimento do solo e a contaminação por agrotóxicos dos mananciais e reservatórios de água em regiões como o semi-árido brasileiro.
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