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Metade da população mundial com fome é de pequenos agricultores

publicada em 11-05-2010

Metade da população mundial que passa fome é formada por pequenos agricultores que não conseguem produzir para alimentar a própria família, disse, ontem, Josette Sheeran, diretora executiva do Programa Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (PMA/ONU), ao destacar os programas brasileiros de incentivo à agricultura familiar como modelo a ser reproduzido em outros países.

'Os programas que prestam atenção aos pequenos agricultores são muito importantes e o Brasil tem programas nos moldes que pretendemos implementar no resto do mundo', afirmou Josette, que está no país participando do Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural.

Ela entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o prêmio Campeão do Mundo na Batalha Contra a Fome, concedido pelo PMA. Segundo a diretora, muitos governantes têm vergonha de falar sobre a fome no mundo e o Brasil, além de levar o tema aos principais fóruns de discussão do mundo, tem conseguido colocar em prática o que defende. 'O que me impressionou é que não é só um discurso, mas o Brasil está fazendo o que prega. É o país que mais tem evoluído no combate à fome, trazendo à tona bons programas', afirmou. Ela sustentou que em muitos países não há problema de escassez de alimentos, mas de falta de habilidade para a população ter acesso a eles.

Ainda em relação à agricultura familiar foi destacada a participação do Brasil em outros países, principalmente por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem trabalhado tanto no Haiti quanto na África a fim de desenvolver sementes adaptadas ao clima dessas regiões. 'Não é apenas levar alimentos ao Haiti, mas pensar na produção de alimentos. A Embrapa tem um papel gigantesco e o reconhecimento importante em todo o mundo no combate à fome, e é outra área que o mundo tem muito que aprender com o Brasil', elogiou.

O ministro Milton Rondó, chefe da Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome do Ministério de Relações Exteriores, disse que uma das principais 'tecnologias' de combate à fome desenvolvidas pelo Brasil foi a 'de participação social', já que os programas de destaque internacional foram construídos com a presença de representantes de vários setores da sociedade.

Enquanto falava com os jornalistas, Josette mostrou uma xícara que simboliza a campanha de combate à fome no mundo para dimensionar o problema enfrentado pelos mais pobres. 'Hoje, uma em cada seis pessoas não consegue encher essa xícara de comida todos os dias', enfatizou. O PMA é a maior agência humanitária do mundo, fornecendo alimentos em 80 países a cerca de 90 milhões de pessoas, em sua maioria crianças, todos os anos.

Fonte: Globo Rural


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