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Número de mortos tende a subir

publicada em 21-06-2010

Nove municípios pernambucanos, dos 49 afetados pela enxurrada, decretaram estado de calamidade pública ontem. Mas, de acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), outros quatro podem tomar a mesma decisão, devido aos estragos decorrentes da chuva. O Estado reconhece a morte de dez pessoas. No entanto, esse número tende a aumentar. Ontem, o JC recebeu informações de mais cinco corpos resgatados.

Decretaram calamidade Palmares, Água Preta, Barreiros, Cortês, São Benedito do Sul, Vitória de Santo Antão, Jaqueira (Zona da Mata Sul), Barra de Guabiraba e Correntes (Agreste). Joaquim Nabuco, Quipapá e Pombos tinham decretado desde sábado. “Amaraji, Ribeirão (Mata Sul), Nazaré da Mata (Norte) e Bom Conselho (Agreste) podem evoluir para o mesmo quadro”, diz o coordenador da Codecipe, coronel Ivan Ramos.

Segundo ele, 22 municípios encontram-se em situação de emergência. Ontem, seis migraram para calamidade. O secretário de Planejamento, Geraldo Júlio, disse que 480 pessoas tinham sido salvas por via área e 850 por embarcações, até sábado.

Com relação às perdas na agricultura, o secretário responsável pela pasta, Ranilson Ramos, informou que a Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (Ipa) não consegue ter acesso à zona rural para quantificar o plantio destruído. Ele observou que a agricultura familiar (feijão, milho) já vinha de uma perda de 80% da produção por causa da seca.

O governador Eduardo Campos acrescentou que as doações mais urgentes são água e roupa. “Usamos nosso estoque e também a água armazenada no Exército, da campanha de ajuda às vítimas do terremoto no Haiti. Nem todas as doações tiveram condições de ser embarcadas, na época”, explicou.

A Compesa está aumentando a produção de água potável para atender os municípios. Conforme o secretário de Recursos Hídricos e presidente da empresa, João Bosco de Almeida, 22 sistemas de abastecimento encontram-se fora de operação, com estações de tratamento inundadas e adutoras quebradas.

Ele disse que a tragédia em Correntes não foi maior porque a Barragem do Cajueiro (Garanhuns) entrou em funcionamento há 15 dias e retirou da cidade 10 milhões de metros cúbicos de água da enchente do Rio Mundaú, o mesmo que inundou cidades de Alagoas.

Ontem, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo de Denilson Leite dos Santos, 13 anos, que tinha sido arrastado pela correnteza na última sexta-feira, em Belo Jardim, no Agreste. Em Gravatá, na mesma região, a Polícia Militar resgatou o corpo de William Roberto da Silva, 16, desaparecido sexta-feira, quando pulou no Rio Ipojuca. Uma criança morreu em Ipojuca, Grande Recife, levada pelas águas. Dois corpos apareceram em Palmares.

A Codecipe, por meio de helicópteros, começou, ontem à tarde, a entregar comida e água, às famílias atingidas pela inundação na Mata Sul.

Fonte: Jornal do Commercio


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