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Recomendações para boa conduta do pecuarista visando as mudanças climáticas

publicada em 23-08-2010

Um dos principais fenômenos relacionados às mudanças climáticas é o efeito estufa, que é o aumento progressivo e gradual da temperatura média anual da superfície terrestre causado, em parte, pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera.

 

Rebanhos bovinos estão entre as fontes de emissão de gases de efeito estufa, devido ao metano entérico produzido durante o processo de digestão dos alimentos. O  metano é um dos gases do efeito estufa. Ele é produzido pelo rúmen para expulsar o hidrogênio  gerado pela fermentação dos carboidratos estruturais presentes nas fibras em ácidos graxos voláteis  (acético propiônico e butírico).

 

A recomendação dos especialistas é que os pecuaristas adotem formas de controle que possam reduzir as mudanças climáticas, que são alterações no estado médio do clima e na sua variabilidade que persistem durante um período prolongado de tempo. O Instituto de Zootecnia (IZ) da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, tem desenvolvido pesquisas e feito recomendações que podem auxiliar os pecuaristas a diminuir a quantidade de gases de efeito estufa liberados na atmosfera pelos rebanhos bovinos.

 

O pesquisador João Demarchi, Diretor do Centro de Nutrição Animal e Pastagens do IZ, explica essas recomendações. “Com adubação e manejo adequados do solo, a quantidade de gás carbônico apreendido aumenta, provocando uma compensação em relação à quantidade de gases liberada pelo rebanho. Assim, em última instância, o sistema produtivo considerado como um todo pode chegar ao ponto de neutralizar os efeitos negativos da emissão de gases nocivos pelos animais”, explica o pesquisador.

 

Há portanto, uma variação em relação ao armazenamento de carbono no solo na forma de matéria orgânica estável (húmus). O manejo correto das plantas e dos solos propicia um armazenamento de carbono que compensa em parte a emissão de metano (bovinos) e de óxido nitroso (pelos solos). Há necessidade de nitrogênio neste sistema, que pode vir da introdução de leguminosas, como também da adubação nitrogenada.

 

Entre as recomendações do pesquisador para a prática de uma pecuária mais sustentável estão: a melhora no manejo nutricional dos animais, com redução da idade de abate de 4,5 para 2,5 anos, a produção de um bezerro por vaca por ano, como eficiência reprodutiva e, ainda, a arborização das pastagens. Demarchi chama atenção para a importância de se fornecer ao gado uma pastagem de boa qualidade: “Quanto melhor a qualidade do consumido pelo gado, menor será a quantidade de gás metano que o animal vai liberar ao final do processo digestivo”.

 

Fonte: Globo Rural

 

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