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Agricultura familiar tem primeira feira no Recife

publicada em 08-09-2010

Evento aconteceu  no Terminal Marítimo do Marco Zero, com exposição de produtos de origem desta atividade no estado

Saborear o feijão, a macaxeira molinha e frutas como melancia,swiss replica watches banana ou morango naturais a qualquer hora do dia é um ritual quase que diário para quem aprecia a boa mesa. Mas você sabe de onde vem e quem produz tudo o que consome? São alimentos seguros, com aditivos na medida correta, ou "limpos", livre de agrotóxicos? Devem ser produzidos em grandes latifúndios, correto? Errado. Não entendeu? Então leia com a mesma vontade que degusta um dos alimentos citados na linhas iniciais deste texto

Para compreender um pouco de agricultura familiar, o cultivo da terra por pequenos e médios produtores rurais com mão-de-obra essencialmente do núcleo familiar, nada como ver de perto quem são essas pessoas e o que extraem do solo para sua casa. A I Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária de Pernambuco que aconteceu até domingo no Galpão 12 (Terminal Marítimo) do Marco Zero, é a chance para você se aproximar do tema, cada vez mais explorado e imprescindível para a manter a saúde em dia. O evento deve movimentar R$ 1,5 milhão e atrair 10 mil visitantes.

Na feira, o visirante pode conhecer Maurício Batista, 30, nascido e criado em Brejo da Madre de Deus, no Agreste, famosa pela produção de cenoura. E de morango! Como assim, morango? Para quem não sabe, a cidade produz a fruta em larga escala, grande parte em pequenos pedaços de terra com poucos hectares. De lá, viaja mundo afora. "Muita gente não tem ideia da importância da agricultura familiar e nem sabe que quase tudo que é consumido no Brasil vem de pequenos produtores", diz o agricultor.

Dono de um lote com um hectare, produz uma tonelada e meia da fruta anualmente na metade da área e vende para várias cidades pernambucanas. Maurício tem razão. Segundo o secretário nacional da agricultura familiar, Adoniran Peracci, 91% das propriedades rurais brasileiras pertencem a pequenos produtores. Em Pernambuco, 70% da produção de alimentos que chegam à mesa da população vêm deste gurpo. "Parece mentira, mas é a realidade. O objetivo da feira é aproximar os produtores com a sociedade e destacar o potencial agrícola de Pernambuco na vida de cada família", reforça. A secretaria é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Já pensou tomar um cafezinho produzido em Taquaritinga do Norte em plena praia de Copacabana, no Rio de Janeiro? Aposto que você nem acredita. O autor da proeza se chama Manoel Floriano do Nascimento, 57, responsável por plantar e colher de seis a dez sacas de café orgânico por hectare todos os anos na cidade Agrestina. Seu pedaço de terra tem quatro hectares. "Trabalhava com derivados de petróleo, me aposentei e investi na agricultura orgânica. Os adubos são as próprias folhas que caem do pé e se decompõem", conta. Uma empresa mineira compra a produção e revende para o Rio. O insumo também é exportado para a Alemanha, Chile e Suíça.
A feira inédita é realizada pelo Instituto Cidadania do Nordeste (ICN) em parceria com o MDA e também expõe hortaliças, mel, queijos, doces e artesanatos em palha, tecidos e conchas marinhas. Segundo Daniela Nunes, presidente do ICN, é preciso intensificar a divulgação do tema. "O MDA tem fortalecido cada vez mais o pequeno e médio produtor, além das famílias assentadas. É preciso intensificar a produção do meio rural na cidade", completa.

Fonte: Diario de Pernambuco


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