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Grupo estuda alternativas bioenergéticas para Pernambuco

publicada em 27-02-2008

As culturas de mamona e algodão são as espécies oleagionosas com maior potencial para a produção de biocombustível em Pernambuco. Esse foi o resultado do 1º relatório do grupo de estudo que iniciou em janeiro uma pesquisa sobre o assunto, objetivando mapear alternativas de produção de óleos vegetais, visando atender a demanda oriunda da Refinaria de Suape.

O grupo de estudo é formado por técnicos do IPA, Facepe, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e Embrapa, com financiamento da Petrobrás. Estão sendo analisados aspectos de cultivo, de produção de óleo e de subprodutos de plantas oleogionosas, nativas e cultivadas, para verificar a estrutura existente, tecnologias e viabilidade comercial. A pesquisa, também, norteará as políticas públicas de incentivo à cadeia produtiva de óleos vegetais.

A equipe esteve reunida no auditório da Facepe, durante workshop, para nivelar os conhecimentos sobre o tema. A iniciativa faz parte de um programa nacional de alternativas energéticas e conta como apoio dos Ministérios da Agricultura, Minas e Energia e Ciência e Tecnologia. “Iremos estudar o potencial de produção de diversas culturas e indicar aquelas mais viáveis do ponto de vista econômico e sócio ambiental para produção de biodiesel em Pernambuco”, destaca o pesquisador do IPA, Geraldo Majella.

 

BIOCOMBUSTÍVEL - O biocombustível é um produto obtido de fontes renováveis, tais como óleos vegetais e gorduras animais. Por ser biodegradável, não-tóxico e praticamente livre de enxofre e aromáticos é considerado um combustível ecológico. Ele pode ser usado puro ou misturado com o diesel mineral em qualquer proporção. Estudos indicam que o emprego em motor diesel convencional, quando comparado com a queima de diesel mineral, resulta numa redução substancial das emissões de monóxido de carbono e hidrocarbonetos não queimados.

 

ESPÉCIES - O Brasil tem mais de 100 espécies vegetais oleagionosas que podem ser exploradas para a produção do biocombustível. A mamona, por exemplo, tem um teor de óleo de 49%, seguido pelo girassol com 42% e o amendoim 40%. O presidente do IPA, Júlio Zoé, afirmou que não podemos depender só de uma matéria-prima, pois a refinaria do Nordeste vai consumir óleo vegetal em grande quantidade. Segundo ele, deve haver inicialmente um investimento no conhecimento.

 

De acordo com o relatório, em Pernambuco as plantas que mais produzem óleo e que estão sendo cultivadas são a mamona e, em menor quantidade, o girassol e a dendê; plantas cultivadas, mas que tem o óleo como subproduto; algodão, milho e coco; as nativas (que não são cultivadas) são : pequi e buriti; plantas que não estão produzindo óleo, mas que tem potencial produtivo: maracujá, tomate, uva e arroz; outras plantas nativas: licurí, macaúba, babaçu, carnaúba; dentre as espécies cultivadas e com maior potencial para a produção de óleo – mamona e algodão.


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