Notícias




 

IPA capacita agricultores para o cultivo do inhame

publicada em 11-03-2011

Presença certa na mesa de todo nordestino que se preza, seja pelo seu sabor característico, seja por suas inúmeras propriedades nutritivas, o inhame tornou-se alvo de um intenso trabalho de valorização da retomada do plantio, em escala comercial, entre os agricultores familiares. Esta semana, o Instituto Agronômico de Pernambuco realizou mais um curso de capacitação sobre a atividade junto aos pequenos produtores da Fazenda Santa Rita, na Estação Experimental de Itapirema, município de Goiana, Mata Norte pernambucana. Os trabalhos são coordenados pelos extensionistas do escritório do IPA, em Igarassu, e têm como finalidade fomentar o plantio por meio de orientações técnicas capazes de reduzir a incidência de pragas e doenças e melhorar a produtividade da cultura.

“A ação direta dos especialistas está sendo muito importante pra nós que cultivamos o inhame aqui na região”, comemora o agricultor José Francisco da Silva, 60 anos, plantador de inhame, batata, milho e feijão da Fazenda Santa Rita. Ele conta que, apesar da experiência no manejo, todos estão saindo muito mais preparados para tratar das pragas e doenças que reduzem a produção, uma vez que é justamente o inhame o que rende mais um “bocadinho” de dinheiro após a colheita.

Fundamental para a dinâmica socioeconômica do campo no Nordeste, tendo em vista suas reconhecidas qualidades nutritivas para a alimentação humana e preços mais competitivos na hora da comercialização, o inhame apresenta expressivo potencial para a saúde, sendo altamente energético e rico em vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e piridoxina), carboidratos, amido e minerais. Isso, sem contar seu baixo teor de gordura e suas características naturais como estimulante do apetite e depurador do sangue.

Para o pesquisador de raízes e tubérculos do IPA Almir Dias, apesar do dinamismo socioeconômico que o inhame representa, sendo um produto altamente rentável para os agricultores, sua produtividade ainda se mantém baixa, por conta do uso de técnicas de manejo inadequadas. “Para aumentar e estimular a produtividade, no entanto, é importante a prática de tratos culturais eficientes, considerando aspectos relacionados ao preparo do solo, plantio, seleção e tratamento preventivo das sementes.

De acordo com o presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito, a capacitação dos agricultores e a organização dos serviços de apoio nas regiões produtoras, são hoje imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável da cultura. “Dessa forma, pode-se contribuir para a melhoria quantitativa e qualitativa da produtividade, garantindo a oferta de um produto mais bem aceito pelo  mercado consumidor, o que se traduz em uma melhor remuneração no campo”, destacou.

Durante as capacitações, os trabalhadores visitam os laboratórios da unidade de Itapirema, onde assistem aulas teóricas e práticas sobre as principais  doenças e pragas, a exemplo da pinta preta e da casca preta. O curso se inicia com aulas teóricas e se estende para o campo, onde também é possível observar os tipos de sistemas de condução – tutoramento (vara) e espaldeiramento(arame) utilizados também na sustentação das plantas.

Além dos extensionistas e pesquisadores do IPA, os agricultores contaram, na última capacitação, com a presença da gerente do Banco do Nordeste, Zeniclaudia de Sá Cavalcanti, que prestou alguns esclarecimentos sobre formas de financiamentos que o banco oferece   aos agricultores, e da parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

 

 

O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranílson Ramos, ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelos técnicos do IPA junto aos plantadores de inhame. Segundo ele, é importante contemplar todas as cadeias produtivas de reconhecido potencial socioeconômico para o estado, dotando os agricultores de base familiar de todo o conhecimento necessário à melhoria de suas atividades. “É preciso pensar o campo como um todo, abraçando e dando sustentação àquelas atividades mais tradicionais, fortes, e rentáveis de cada região, da Zona da Mata ao Sertão”, afirmou.  

<< Voltar

 

COPYRIGHT © 2008 GOVERNO DE PERNAMBUCO
Av. General San Martin, 1371 - Bongi - Recife - PE - CEP: 50761-000 - PABX: (81) 3184-7200