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IPA realiza trabalho de inclusão social em Salgueiro

publicada em 27-06-2008

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Pela integração ainda relativa entre pesquisadores, extensionistas rurais e agricultores e utilização de algumas tecnologias consideradas ambientalmente inadequadas, algumas regiões do Semi-Árido pernambucano continuam sendo afetadas pela baixa produção agrícola, pecuária e lenheira. Preocupado em solucionar esse quadro sócio-ambiental, o Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, vem, desde janeiro de 2008, desenvolvendo um trabalho de inclusão social a partir da realização de atividades relacionadas à caprinocultura e ações que estimulam a produção de forragem, alimentos e de lenha. O projeto, estimado em R$ 121 mil, está sendo realizado com nove famílias pertencentes a um assentamento da comunidade Baixio Verde, em Salgueiro, a cerca de 520 KM do Recife. O projeto, que conta também com técnicos da Associação Plantas do Nordeste – APNE, e professores do Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE, está baseado na troca de experiências entre técnicos e agricultores. É o que explica a coordenadora do projeto, Sônia Formiga: “O projeto tem como objetivo trocar saberes, discutir as prioridades da comunidade e incentivar a criação de um novo discurso técnico-social.“ Dessa relação, alguns problemas já foram identificados. Um deles, o baixo rendimento da produção de milho e feijão em virtude da escassez de água ou, até mesmo, do seu excesso – quando o nível da água sobe e alaga a região onde os produtos da agricultura de vazante estavam sendo plantados. Outro, a baixa concentração de plantas forrageiras na vegetação nativa que inibe a produção pecuária. Através do diagnóstico rural participativo estão sendo discutidas algumas propostas. Uma delas é a adoção da caprinocultura. Outra medida debatida é a utilização dos sistemas agrossilvopastoris, destinados, especialmente, neste caso, a produção de forragem, onde criação de rebanho, exploração de madeira e plantio de espécies agrícolas coexistem no mesmo local. Discute-se também a utilização de bactérias fixadoras de nitrogênio - rizóbios, e fungos micorrízicos arbusculares – FMAs, para aumentarem a produtividade do feijão e de algumas leguminosas forrageiras cultivadas no assentamento.  Segundo Sônia, as atividades desenvolvidas no Baixio Verde não garantem a subsistência total dos agricultores, ou seja, eles têm que trabalhar em outras propriedades para completarem suas rendas mensais. Nesse contexto, o Instituto, já na fase inicial do projeto, vem discutindo, junto ao assentamento, os problemas e as possíveis ações que podem ser implementadas para gerar mais renda e, através dos testes e convalidações de tecnologias desenvolvidas em conjunto com os assentados e técnicos envolvidos na ação, solucionar as demandas apresentadas pela comunidade.  


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