
Agricultura: Chuva sem tecnologia não faz milagre!
A chuva chegou e os olhos se voltam para o interior do Estado! É hora de vibrar e agradecer pelo verde que, rapidamente, toma conta da paisagem do Sertão e enche de esperança o coração do homem do campo. Além disso, a colheita farta deverá dinamizar a economia de muitos municípios, gerando renda para o agricultor e garantindo fartura e qualidade dos produtos que chegam à mesa dos pernambucanos, quiçá com preços mais acessíveis.
E em meio a boas notícias, lembramos que o agricultor enfrenta uma estiagem histórica, desde 2011, com índices pluviométricos baixíssimos. Mesmo assim a agricultura vem crescendo e impulsionando a economia de Pernambuco.
Para se ter uma ideia, em 2017, a agropecuária, com crescimento de 19% do total registrado no Produto Interno Bruto foi o destaque da economia pernambucana, sendo o principal responsável pela alta de 2% no PIB, em relação a 2016, ao lado do Comércio, com apenas 3,8%, segundo dados do Condepe/Fidem. A retomada de crescimento, em 2018, também está norteada pelos resultados do setor agropecuário.
Nesse sentido, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), investe pesado no fortalecimento da agricultura familiar, cujos produtos correspondem a 75% do que é consumido no País.
As ações, desenvolvidas nas áreas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Pesquisa e Recursos Hídricos, são fundamentais para o aparelhamento das propriedades e capacitação do produtor.
Presente em 182 municípios do Estado, o Instituto desenvolve novas tecnologias e viabiliza o seu acesso ao agricultor de base familiar, por meio de um corpo técnico de 376 técnicos, que atendem 57.750 famílias por ano. Porque a chuva pode até favorecer o plantio e a colheita, mas isoladamente, não fez e nunca fará milagre!
Nedja Moura
Presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco
Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA