Resumidamente são classificados como ácidos (pH abaixo de 7,0), neutros (pH =7,0) e alcalinos (pH superior a 7,0).
De acordo com os critérios estabelecidos pela Comissão Estadual de Fertilidade do Solo, os solos ácidos podem ser subdivididos em três diferentes classes:
ALÉM DO pH EXISTEM OUTRAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS SOLOS ÁCIDOS?
É regra geral que, em solos ácidos, o cálcio e o magnésio não estejam presentes em concentrações elevadas. A contínua remoção desses dois elementos pelos vegetais e pela água resulta numa redução do pH do solo, fato esse que acarreta o surgimento do alumínio numa forma prejudicial às plantas.
QUAL A RAZÃO PARA A BAIXA FERTILIDADE DOS SOLOS DA CHAPADA DO ARARIPE?
Esses solos originam-se de arenitos, tipo de rocha com baixos teores em elementos essenciais às plantas, principalmente cálcio, magnésio e potássio. Tanto assim que, em mais de 3.500 amostras procedentes de Araripina-PE e analisadas pelo IPA, os resultados obtidos para fósforo, potássio e cálcio mais magnésio foram considerados baixos em cerca de 80% dos casos.
A CALAGEM FAVORECE O DESENVOLVIMENTO DAS CULTURAS?
Dentro de certos limites, aumentos no pH devidos à calagem beneficiam os cultivos, pois proporcionam uma melhor absorção dos elementos que são consumidos em grandes quantidades pelas plantas. Convém lembrar que, dependendo do modo de incorporação e da qualidade do corretivo, a reação mais intensa do calcário com o solo leva até 60-90 dias e não se verifica caso o solo esteja seco.
A CALAGEM É UMA PRÁTICA AGRÍCOLA RENTÁVEL ?
O emprego de calcário nas doses sugeridas pelos laboratórios de análise de solo visa a um só tempo, neutralizar os efeitos nocivos do alumínio e fornecer cálcio e magnésio à camada arável do solo. Quando corretamente efetuada, essa prática indiscutivelmente traz benefícios econômicos para o agricultor por um período que poderá se estender de três a cinco anos.
A ACIDEZ ABAIXO DA CAMADA ARÁVEL AFETA O RENDIMENTO DAS CULTURAS?
A presença do alumínio numa forma tóxica para as plantas e as deficiências de cálcio e de magnésio são muito freqüentes nas camadas subsuperficiais (abaixo da camada arável) de solos como o que ocorre na Estação Experimental de Araripina-IPA e reduzem drasticamente o rendimento das culturas.
O GESSO AGRÍCOLA ELIMINA PROBLEMAS CAUSADOS PELA ACIDEZ DO SOLO?
Apesar de não ser propriamente um corretivo de acidez, o gesso quando aplicado ao solo é capaz de reduzir os efeitos nocivos do alumínio. Além disso, ao contrário do calcário, esse insumo agrícola consegue ainda arrastar elementos como o cálcio e o magnésio para as camadas mais abaixo da superfície do solo.
É IMPORTANTE MELHORAR AS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SUBSOLO?
Uma vez constatada a presença de alumínio e a deficiência de cálcio e de magnésio abaixo da camada arável, pode-se substituir por gesso agrícola 1/5 a 1/3 da dose de calcário indicada pelo laboratório de análise de solo. Contudo, para evitar perdas acentuadas dos elementos nutritivos contidos na camada superficial do solo, aplicar sempre o gesso juntamente com o calcário.
AS CULTURAS RESPONDEM BEM À APLICAÇÃO DO GESSO AGRÍCOLA?
As raízes das plantas cultivadas em solo previamente tratado com calcário e gesso conseguem atingir as camadas mais profundas. Como conseqüência, elas passam a explorar mais intensamente um novo volume de solo, justamente onde o teor de água disponível é sempre mais elevado nos períodos de estiagem.